No entanto, os movimentos continuaram existindo e, em 2016, o mesmo grupo que começou os protestos em 2013 também comandou as manifestações que ajudaram a pedir o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
Assim, em maio daquele ano, ela foi afastada do cargo e, em agosto, perdeu de vez o mandato, após decisão do Senado. Apesar disso, ela não perdeu os direitos políticos, como normalmente acontece com quem sofre impeachment.
Ali, Michel Temer assumiu o cargo e ficou no poder até o final do mandato, em 2018, quando até poderia concorrer à reeleição, mas não fez. Ainda durante o governo do presidente Michel Temer, outro forte movimento político paralisou o país, que foi a greve dos caminhoneiros.
Desta vez, a manifestação foi por conta do aumento do preço do diesel, que impactou diretamente no orçamento e na renda deles.
Então, o movimento parou o país como nunca antes na história e, além disso, desabasteceu postos de combustíveis e ainda gerou desabastecimento em supermercados, padarias, Ceasas e locais deste tipo.
Consequentemente, isso causou um desgaste político a Michel Temer, que precisou, entre outras coisas, conceder subsídio no preço do diesel nas bombas de combustível, quando conseguiu frear a paralisação.
Volta da Direita ao poder
Depois, nas eleições daquele ano, o Brasil elegeu Jair Bolsonaro, de linha política de direita, colocando um grupo mais conservador no poder no Brasil. Assim, ele derrotou Fernando Haddad (PT), que disputou o cargo com ele.
Ainda assim já naquele ano, os ânimos estavam acirrados. Inclusive, durante a campanha, Bolsonaro levou uma facada de um militante do Psol e precisou ser internado. Ali, para muitos especialistas, a facada ajudou a eleger Bolsonaro no segundo turno contra Haddad.
Bolsonaro também se elegeu com a promessa de liderar as pautas conservadores e encerrar o período progressista na economia brasileira.
Cenário Político em Ebulição: Dias de Intensa Tensão
Ainda em 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi condenado à prisão por conta da corrupção no caso do Triplex no Guarujá e também do sítio em Atibaia. Ele, no entanto, alega inocência e diz que a prisão teve conotação política.
Assim, com Lula na cadeia, por mais de um ano, ele não pôde disputar as eleições presidenciais de 2018. Para muitos, ele teria mais chances de vencer Bolsonaro em caso de uma nova disputa.
Depois, Lula saiu de cadeia e voltou a ser o principal opositor de Jair Bolsonaro, que fazia o seu primeiro ano de mandato como presidente. Ali, a radicalização e a intolerância dos dois lados já crescia.
Mas em março de 2020, veio a pandemia que deveria ser uma preocupação sanitária, se tornou também motivo de briga política, negacionismo à ciência por parte do presidente e omissão por parte de Lula, que não se posicionou abertamente durante o período.
No entanto, o período de confinamento também gerou ainda mais tensão política entre os dois lados já polarizados. Assim, o clima foi piorando na política brasileira.
Atualmente, em 2022 com Lula e Bolsonaro disputando as eleições presidenciais, houve diversos casos de agressões e até mesmo de assassinato de seguidores dos políticos, mostrando uma intolerância poucas vezes vista na história do Brasil.
Além disso, após a vitória de Lula nos segundo turno, os apoiadores de Bolsonaro, em protesto contra os resultados das urnas, começaram a bloquear estradas no último domingo, estendendo as ações até esses dias atuais.
Assim, com várias estradas importantes, como a Via Dutra, parcialmente fechadas, começou a faltara combustível e até mesmo mantimento para abastecer os supermercados. E o clima permanece tenso.